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Prisão de chefe do tráfico no Barreiro

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) realizou operação visando desarticular uma organização criminosa que atua no bairro Vila Pinho, região do Barreiro, na capital. No curso dos trabalhos, foi preso um suspeito, de 27 anos, apontado como segundo homem mais importante da facção.



Durante a ação, outras seis pessoas foram presas, sendo quatro mulheres e dois homens, entre 21 e 35 anos. Todos foram autuados por tráfico e associação para o tráfico de drogas. A prisão ocorreu em um condomínio de casas, no bairro Parque Jardim Santanense, na cidade de Itaúna.


Quando o grupo chegou ao local, que era usado como esconderijo, a PCMG já o aguardava. Os suspeitos estavam em dois carros e não reagiram à prisão, apesar da iminente possibilidade de conflito. “A ordem dentro do grupo era atirar contra policiais”, afirmou o delegado Alexandre Oliveira, que coordenou a operação.


Na ocasião, foram apreendidos diversos celulares, dois veículos (sendo um clonado), porções de maconha, uma pistola calibre 40, cerca de R$ 4.300 em dinheiro, documento falso, além de anotações do tráfico constando movimentações de quase R$ 200 mil.


O homem de 27 anos já era investigado pelo Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) pelos crimes de homicídio e tráfico de drogas. Inclusive, consta contra ele um mandado de prisão, em virtude de condenação. No momento da abordagem, ele apresentou documentação falsa, visando ludibriar os policiais, mas foi reconhecido pelos investigadores de imediato.


O delegado explicou que a localização dos suspeitos é resultado de investigação e monitoramento policial. A organização criminosa tem envolvimento com crimes de homicídio, tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo e receptação.



Origem do conflito



A ação policial foi realizada após a morte do gerente da organização criminosa, considerado o terceiro homem mais importante do grupo, durante confronto com a Polícia Militar, na tarde dessa quinta-feira (17), em Ibirité. Em razão dessa morte, o líder do grupo, que está preso, e o irmão dele, número dois na facção, ordenaram o ‘toque de recolher’, com ameaças a comerciantes e moradores na região da Vila Pinho.


De acordo com o delegado Alexandre Oliveira, a mulher do traficante morto no confronto com a PM estava com o grupo no momento da abordagem. A Polícia acredita que a mulher, grávida, seria interrogada pelos suspeitos sobre a morte do marido e o possível envolvimento dela na ação dos militares.


O chefe da Divisão Especializada de Investigação de Crimes Contra a Vida (DICCV), Emerson Morais, informou que existe uma preocupação das forças de Segurança Pública visando o enfraquecimento desse grupo dentro do Sistema Prisional. “A Sejusp, através do Depen, já está trabalhando na remoção desses presos, que estão nos presídios de Belo Horizonte, para outras unidades do Sistema Prisional mineiro, sobretudo no interior, para neutralizar essas lideranças negativas e, por consequente, tentar diminuir ou mesmo exaurir essas ordens que são emanadas de dentro do presídio para o cometimento de crimes violentos, principalmente os toques de recolher e incêndios a ônibus do transporte coletivo.”


A chefe do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Letícia Gamboge, ressalta a resposta imediata da Polícia Civil a fim de restabelecer a paz social na comunidade. “Gostaria de frisar que a comunidade da Vila Pinho pode ficar tranquila que a polícia está vigilante, a resposta foi imediata e a população pode, e deve, voltar a circular e à normalidade no local”, finaliza Gamboge.

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