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COLUNA: A CEMIG DEVE EXPLICAÇÕES AOS MINEIROS

Por Dr. Wilson Campos

Foto Ag.Minas


Quem disse que o consumidor sempre tem razão não conhece a atual política de atendimento da Cemig. Nos últimos tempos a empresa fornecedora de energia elétrica de Minas Gerais vem colecionando títulos e mais títulos de péssima prestadora de serviço.

Os mineiros da capital e do interior estão indignados com a incompetência da Cemig, que é muito boa para cobrar as contas de luz, mas ruim quando se trata de atender bem o cliente.

As reclamações contra a companhia pipocam de todos os lados – do interior vem a indignação dos produtores rurais e da capital vem a indignação dos consumidores de maneira geral.

Deixa muito a desejar a qualidade das linhas de transmissão e, da mesma forma, a qualidade “zero” dos transformadores utilizados, que estão muito velhos, arcaicos, ultrapassados, explodindo a todo minuto e deixando as residências, o comércio e outros setores sem o fornecimento de energia elétrica adequado e necessário.

A companhia possui mais de 8,7 milhões de consumidores em Minas Gerais. Daí a cobrança para que essa rica carteira de clientes seja bem atendida, tempestivamente, com responsabilidade e qualidade na entrega do serviço solicitado. Melhor, a satisfação do cliente deve estar sempre em primeiro lugar, notadamente para que a empresa possa manter a credibilidade e a prática de bem-servir. Mas isso, como dito anteriormente, não funciona mais, porquanto os problemas de falta de energia elétrica são constantes, e nenhuma providência efetiva e enérgica é tomada.

Assim, soluções urgentes precisam ser apresentadas pela diretoria da companhia. O grande número de reclamações na capital e no interior requer urgentes medidas e providências. Os prejuízos com interrupções ou quedas de energia, independentemente do religamento automático, precisam ser ressarcidos mais rapidamente, sem o excesso de burocracia e prazo defendidos pela Aneel e usados como meio de protelação por parte da Cemig. A paciência dos consumidores mineiros tem limite.

O fato incontroverso é que são recorrentes a falta de energia e a queima de transformadores. Há casos de estouro de transformadores diversas vezes na semana, na mesma região, sem que providências efetivas sejam tomadas ou os transformadores trocados. Ora, se a empresa usa a prática da troca de medidores de energia, dos antigos por outros equipamentos mais modernos, da mesma forma deveria agir com a troca de transformadores, evitando-se danos aos consumidores e prevenindo-se a companhia de recorrentes falhas técnicas. Ou os consumidores mineiros não têm direitos ou garantias?

Finalizando, sem esgotar o tema, cumpre reiterar que os mineiros têm apreço pela Cemig, desde a sua criação no território mineiro, mas conviver com tantos dissabores, transtornos, aborrecimentos e prejuízos é impossível e não dá mais. A empresa precisa melhorar sua gestão em todas as frentes e atender com eficiência os mineiros. E isso não é pedir muito.

Wilson Campos (Advogado/Especialista com atuação nas áreas de Direito Tributário, Trabalhista, Cível e Ambiental/ Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB/MG, de 2013 a 2021/Delegado de Prerrogativas da OAB/MG, de 2019 a 2021).

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