Denúncia de abandono no Cemitério da Saudade
Conferir suposta condição de abandono de um dos mais importantes e antigos cemitérios da capital. É com este objetivo que a Comissão de Administração Pública realiza, nesta sexta-feira (13/5), às 9h, visita técnica ao Cemitério da Saudade, que fica na Praça Louis Braille, 100, no Bairro Saudade, Região Leste de Belo Horizonte. A intenção é verificar as condições sanitárias, zeladoria, atendimento ao público, manutenção, estado dos túmulos, presença de ossadas expostas em jazigos danificados e número de funcionários à disposição para os enterros na necrópole. O pedido foi feito por Wilsinho da Tabu (PP).
A demanda para a vistoria surgiu de uma solicitação da assessoria de Wilsinho. Um assessor esteve no cemitério, em 18 de março, para o sepultamento da irmã de uma amiga e se solidarizou com o sofrimento dos familiares enlutados, que expuseram a situação de abandono do local. O próprio assessor viu a falta de cuidado geral com a necrópole, onde há ossadas expostas em túmulos quebrados. De acordo com a assessoria do vereador, foi iniciada uma reforma no cemitério há cerca de dois anos, que, aparentemente, não teria acabado com os problemas.
São aguardados para a vistoria o coordenador de Atendimento Regional Leste, José Henrique Neto; o superintendente de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), Henrique Castilho; o presidente da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica, Sérgio Augusto Domingues; o diretor-presidente da Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte (Urbel), Claudius Vinícius Leite; e o gerente do Cemitério da Saudade, Vicente Ferreira.
Estrutura e reforma
Segundo informações da Fundação de Parques, que administra as necrópoles municipais, o Cemitério da Saudade é o segundo mais antigo de Belo Horizonte. Foi construído em 1942 para abrigar a população carente da cidade que desejava obter um jazigo perpétuo, mas não tinha acesso ao Cemitério do Bonfim. Tem área de 188 mil m², 31.307 sepulturas, 383.666 inumados até dezembro de 2021, oito velórios, e uma média mensal de 238 sepultamentos. O cemitério conta ainda com um prédio administrativo e uma lanchonete.
Em 2020 foi feita uma reforma no local, abrangendo quatro velórios. Foram realizadas, ainda, instalações de esquadrias, rede elétrica, bacias sanitárias e lavatórios, bem como acabamentos elétricos e hidráulicos, além da implantação de guarda-corpo e corrimão. Também foi executada pintura geral no cemitério. O valor gasto nas intervenções foi de R$180 mil.
Superintendência de Comunicação Institucional
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