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Invasões em área de preservação ambiental no Barreiro


A vulnerabilidade de uma Área de Preservação Permanente (APP) com aproximadamente 54 mil m², no Bairro Tirol, na Região do Barreiro, preocupa moradores que residem nas proximidades da reserva. Em virtude dos recorrentes casos de invasão, eles temem que parte da área de seja indevidamente ocupada. Reclamam também da falta de segurança na região e querem uma fiscalização mais efetiva para o local. Por solicitação do vereador Irlan Melo (PL), a Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana visitou, nesta quinta-feira (21/11), o terreno para uma avaliação da situação.

Segundo o vereador, para garantir a preservação da área e gerar mais segurança para a população, a APP precisa ser transformada em um parque ecológico. “Vou entrar com um projeto de lei na Câmara propondo esta transformação”, concluiu.

Embora reconheça que a criação do parque não vai resolver a situação de imediato, o engenheiro Rosemar Gea, da Sudecap, disse que “ao criar o parque se cria segurança jurídica. O que permite, por exemplo, a atuação da Guarda Municipal na região.” Segundo ele, é preciso ficar bem claro para a população que “uma coisa é criar, outra é implantar”.

Para o gerente de Planejamento e Informações Ambientais da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica, Rafael Rangel, a criação de um parque vai permitir a atuação da entidade. Segundo Rangel, a Fundação pode trabalhar no controle de acesso do parque; no plantio de novas árvores e no monitoramento das existentes; elaborar projetos para atividades de educação ambiental, como plantio envolvendo a comunidade, capina e roçado da área. “Mas, só podemos atuar depois que a APP virar um parque ecológico”, frisou.

Horta comunitária

“A criação de uma horta é uma das melhores maneiras de se integrar uma comunidade em torno de uma proposta de preservação ambiental”, sugeriu Rogério Costa, secretário administrativo da Regional Barreiro. Segundo ele, a iniciativa previne invasão, preserva a área, produz alimentos e gera renda para a comunidade.

Costa informa que para implantar uma horta comunitária é preciso primeiro organizar um grupo que represente a comunidade. Depois, entrar em contato com a Regional para oficializar a implantação da horta. A Regional encaminha a solicitação para a Subsecretaria de Segurança Alimentar e Nutricional (SUSAN), que vai avaliar o pedido. Se aprovado, é preciso elaborar um projeto e criar um regimento. “A área estabelecida pode se transformar numa horta, num pomar ou no cultivo de plantas medicinais”, esclareceu.

O morador Alex Soares lembra que existe água suficiente para irrigar uma plantação. Existe uma nascente nas proximidades que forma um córrego - “com água limpa”- que corta a área. Entretanto, ele chama a atenção “que existem empresas despejando resíduos industriais no córrego. Isso pode se observado em determinadas horas do dia, quando a água muda de cor”.

A APP faz divisa com o Distrito Industrial do Jatobá. A área de preservação foi criada, há 20 anos, quando na região foi implantado um grande projeto de loteamento.

Superintendência de Comunicação Institucional







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