Mineirinho deve receber R$150 mi em requalificação, sendo R$41 mi em 2 anos
CMBH
Em visita técnica realizada nesta terça-feira (24/5), a Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura, Desporto, Lazer e Turismo encontrou o Estádio Jornalista Felipe Drummond, o Mineirinho, abandonado: vazio, sujo, sem luz e pichado. Na última quinta-feira (19/5), o estádio, que desde o início da pandemia não recebe eventos e está fechado para o público, foi cedido ao Consórcio DMDL/Progen pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra), em sessão pública de licitação. Solicitada por Rubão (PP) e acompanhada por Marcela Trópia (Novo), a visita teve como objetivo avaliar a estrutura atual do ginásio e conhecer as possibilidades de exploração do local.
A concessionária vencedora vai receber o espaço vazio e será responsável pela conservação e gestão por 35 anos, podendo realizar shows, eventos esportivos e outros serviços de convivência, lazer e entretenimento. O contrato prevê que, ao longo do período, sejam investidos cerca de R$150 milhões na requalificação do espaço, sendo que nos dois primeiros anos deverão ser aplicados R$41 milhões em intervenções que contemplam reforma da arquibancada, do piso da quadra, dos banheiros, das cabines de imprensa e da cúpula da quadra, entre outras.
Assessor da Seinfra, Thiago de Oliveira Assunção explicou que a empresa poderá, caso queira, transformar o espaço dos alojamentos em hotel, oferecendo um serviço diferenciado. Ao ser questionado por Marcela se haverá cobrança para assistir jogos ou participar de eventos no Mineirinho, após a cessão, ele explicou que existe uma resolução do Estado que permite a cobrança e que quem faz uso do espaço já realiza pagamento. “Isso não impede que a empresa faça eventos gratuitos e explore outros espaços como barracas ou aluguel de estandes, por exemplo”, acrescentou.
De acordo com os assessores da Seinfra, atualmente, o espaço conta com 15 trabalhadores para fazer a limpeza, cuidar do arquivo e manutenção geral. Os parlamentares vistoriaram a quadra, os alojamentos, as salas e espaços abertos, além da cúpula do ginásio. A grande atração do espaço é a quadra poliesportiva, utilizada em grandes eventos. Entretanto, o Mineirinho tem salas e áreas que podem ser usadas todos os dias da semana em eventos como congressos, seminários e, ainda, espaços de entretenimento voltados para a gastronomia. A empresa terá a liberdade de administrar o espaço da forma que achar mais conveniente, podendo oferecer espaço para bares, restaurantes, cafés e lojas, entre tantas outras possibilidades.
Segundo Rubão, o diferencial do Mineirinho é poder ser muito mais versátil na utilização dos espaços. “Ainda não sabemos ao certo quais são os planos do consórcio, mas esperamos poder contribuir com sugestões para utilização do local. A nossa expectativa é que a empresa consiga trazer muitos eventos, movimente o ginásio e gere renda”, afirmou.
Para Marcela Trópia, o Mineirinho oferece “espaço propício para formaturas, final do Festival Comida di Buteco, feira de ciências de escolas e universidades, enfim, uma gama infinita de atividades que podem fomentar o comércio local”. Ao concordar com o colega, a parlamentar declarou que a visita serviu para dirimir dúvidas e possibilitar que, na hora oportuna, seja possível fazer indicações para que o espaço se torne “mais legal”. A expectativa é que a transição comece a ser feita já nos próximos meses.
Superintendência de Comunicação Institucional
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