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Produção industrial volta a cair


A produção industrial recuou 12,6 pontos na passagem de abril (50,5 pontos) para maio (37,9 pontos). A queda reflete a paralisação dos caminhoneiros no final do mês. O indicador apontou queda da produção, voltando a ficar abaixo de 50 pontos após dois meses acima desse nível. O índice foi 16 pontos inferior ao de maio de 2017 e voltou a ficar abaixo da sua média histórica (48,4 pontos). As informações são da Sondagem Industrial, divulgada nesta segunda-feira, 25/06, pela FIEMG.

“A paralisação dos serviços de transportes rodoviários de cargas influenciou os resultados de maio, que voltaram a apontar queda da produção. Também houve piora das expectativas dos empresários para os próximos seis meses, refletindo o aumento das incertezas políticas e econômicas”, diz a economista da FIEMG, Daniela Muniz.

O indicador de evolução do número de empregados avançou 1,3 ponto frente a abril (47,9 pontos), e registrou 49,2 pontos em maio. Apesar do crescimento mensal, o índice aponta queda no emprego desde maio de 2013, ao permanecer abaixo de 50 pontos.

O número de empregados continuou em queda, apesar do recuo menos intenso do que em abril. A utilização da capacidade instalada seguiu abaixo da usual para o mês, e registrou o pior indicador para maio em três anos. O acúmulo de estoques indesejados pelas empresas, que vem ocorrendo desde o começo de 2017, foi o mais elevado em quase três anos.

Apesar dos efeitos negativos da greve na atividade industrial, os empresários continuam com expectativa de crescimento da demanda e, consequentemente, da compra de matérias-primas para os próximos seis meses. Há previsão de manutenção do número de empregados, e as intenções de investimento ficaram acima da sua média histórica. Contudo, todos os índices de expectativa caíram em relação ao mês anterior, refletindo o aumento das incertezas quanto ao cenário econômico e político em 2018.

As empresas vêm acumulando estoques indesejados desde o início de 2017, o que sugere que a demanda por seus produtos tem sido inferior à esperada. Após mostrar estoques praticamente inalterados em abril (50,4 pontos), o índice de evolução dos estoques finais cresceu 6,5 pontos em maio, e registrou 56,9 pontos.

O índice de intenção de investimento caiu 0,6 ponto em relação a maio (53,2 pontos), e marcou 52,6 pontos em junho.


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